terça-feira, 1 de outubro de 2013

As origens

Clown é uma palavra inglesa que apareceu no século XVI (...) Essa terminologia nos leva para colonus e clod, significando um fazendeiro ou rústico, e, de qualquer maneira, o clown foi originalmente um campesino (...) Em sua aplicação geral, o clown é um performer cômico que se comporta de maneira estúpida ou excêntrica, em particular alguém que se especializa em comédia física (John H. Towsen, 1976: 373 e 374)




Achei interessante iniciar com esse pequeno trecho para propor uma reflexão diante de uma tese de mestrado que venho estudando a algumas semanas.

Havia lido em alguns lugares e até mesmo ouvi em uma oficina que fiz, que nem todos acreditam na diferença entre o clown e o palhaço. Dizem tratar-se da mesma coisa. Segundo Roberto Tessari não há diferença entre as duas palavras: "tanto na língua comum quanto na linguagem especializada do teatro, hoje, não existe nenhuma diferença entre a palavra palhaço e a palavra clown, pois as duas se confundem em essências cômicas" em oposição, John H. Towsen alegou que (...) Historicamente, a figura do clown abarca muito mais do que óbvio figurino engraçado e o rosto pintado; ele representa uma visão do mundo que foi muito valorizada tanto pela cultura intelectual quanto pela assim chamada cultura primitiva, um sentido de comédia igualmente significativa para crianças e adultos, e uma forma dinâmica de atuar baseada em técnicas aguçadas e improvisações inspiradas".

Diante destes argumentos, achei pertinente fazer um comparativo sobre a origem destas duas linguagens (se é que posso assim definir):

Palhaço: Vem do italiano = paglia (palha) - a paglia era utilizada para revestir colchões. As roupas primitivas do palhaço era feita do tecido dos colchões, um tecido grosso e afofado nas partes salientes do corpo, realmente, parecia um colchão ambulante!

Clown: Não foi inventado por uma única pessoa, nem é produto da civilização ocidental. Na pré-história está ligado a figuras incomuns - xamãs, loucos, marginais, criaturas que habitavam a borda das condições humanas.

Essas comparações já desperta em mim a noção da diferença entre o palhaço e o clown. Inclusive, uma frase que li, define muito sobre o SER CLOWN. É de Jango Edwards: "Eu sou clown, eu fumo clown, eu transo clown, eu durmo clown, eu sonho clown, eu trabalho clown".

Finalizo aqui a postagem de hoje, inacabada é claro... prossigo nos estudos e reflexões. Pode ser que amanhã nada disso faça sentido, ou não... Mas quem é que liga?


Postado por Monica Soares
Foto: Bruno Delbone
Fonte: Clown o avesso de si, uma análise do clownesco na pós-modernidade de Juliana Leal Dorneles