sexta-feira, 7 de março de 2014

Viva os palhaços e viva os clowns !!

Nessa primeira postagem do ano quero aproveitar nossa última postagem e tentar trazer mais algumas noções sobre a diferença entre o clown e o palhaço.

Depois de alguns anos de pesquisas, leituras de livros, discuções e algumas oficinas, talvez já tenha um opinião mais clara sobre essas duas áreas tão confundidas.




O palhaço é um personagem importante que muitos estudam e assumem para alegrar esse mundo. Quem quer ser palhaço, estuda as técnicas antigas de palhaços (como dar cambalhotas, chutes na bunda e muitas outras piadas visuais utilizadas por palhaços durante séculos). A partir do momento que o personagem começa a tirar a caracterização, a maquiagem e as roupas, o palhaço deixa de existir.

O clown é observar a si mesmo. Perceber sua maneira de ser, suas fraquezas, buscar o próprio ridículo e transformar isso em força teatral. Logo no início o ator passa por um processo de aceitação de si, onde ele vai contra a necessidade de aprovação e os padrões que a sua educação impôs. O clown aceita os seus defeitos e mostra-os sem medo de ser excluído por ser diferente. O clown não acaba quando tira o nariz e as roupas, ele prevalece dentro de si, em sua vida.

Enfim, tanto o clown como o palhaço, tem suas histórias e cada um tem a sua importância. Estudo as teorias e técnicas do clown, mas não me importo quando uma criança ou adulto me chama de palhaço. Afinal, não se espera ver uma criança chamando de clown alguém que fez ela rir. O importante é cada um saber o que sente e quem realmente é!


Postado por Rogério Nascimento
Foto: Bruno Delbone